Co fundador do Google

SÃO PAULO - O co-fundador do Google, Sergey Brin, está empenhado em encontrar uma cura para o Parkinson.

Lançada no ano passado, uma iniciativa de pesquisa patrocinada por ele já conta com mais de 4.000 participantes que fornecem material genético para testes.

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O objetivo final é criar um banco de dados de dez mil indivíduos e usar o poderoso mecanismo de buscas Google para encontrar links entre eles. Utilizando algoritmos, o projeto espera achar um padrão no gigantesco volume de informações geradas.

A iniciativa é uma parceria da 23andMe, empresa privada de testes genéticos, o The Parkinson´s Institute and Clinical Center ("PI") e a Fundação Michael J. Fox ("MJFF").

Além de avançar nas pesquisas, o projeto cria um fórum online dedicado a conectar pessoas e famílias afetadas pelo Parkinson. Com a plataforma da web, a 23andMe pode criar uma nova maneira de estudar doenças complexas agravadas pela interação de genes e meio ambiente. Usando a internet para questionar e interagir com os voluntários, os custos de pesquisa são drasticamente reduzidos; a web também permite que pessoas que moram longe de centros de pesquisa participem do projeto

A iniciativa está sendo patrocinada principalmente por Sergey Brin que doou pessoalmente US$10 milhões. Sua empresa, o Google, investiu cerca de US$6 milhões. Essas doações reduzem drasticamente os custos de fazer testes genéticos nos 10 mil voluntários. Quem se cadastrar no projeto têm que pagar apenas US$25, quando um teste como este, normalmente, custaria US$399. Os participantes recebem um kit de testes, no qual colocam uma amostra de saliva e devolvem para análise. Eles também respondem questionários online sobre estilo de vida e comportamento.

O interesse de Brin vem de sua própria condição: sua mãe tem Parkinson e, através de um teste genético feito pela própria 23andMe, ele soube que tem predisposição para a doença. Aos 36 anos, com fortuna estimada em US$17,5 bilhões, ele possui uma mutação no gene LRRK2.

Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso que afeta funções como fala e movimentos. Ela ainda não tem cura, mas sabe-se que a causa genética mais comum associada a ela são as mutações no gene LRRK2. Existem mais de 50 variações nesse gene, e muitas delas estão associadas ao Parkinson. A principal delas estudada pela 23andMe é chamada de mutação G2019S.

A taxa da doença na população é relativamente rara: entre 1% e 2% das pessoas têm chance de desenvolvê-la ao longo da vida, Mas a chance de alguém com mutação G2019S é muito mais alta e aumenta com a idade: 28% de chance ao 59 anos, 51% aos 69, e 74% aos 79. Fonte: Época Edição: F.C 12.03.2009

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