Renovando
Renovando o desejo de escrever
Em crônicas anteriores abordei e expliquei a ideia de escrever minhas crônicas com foco no Parkinson. Hoje me vejo na obrigação de situá-las novamente em face de alguns comentários que tenho recebido de amigos, ou de meros navegantes da internet, como também de desconhecidos leitores que no anonimato deixam suas criticas numa corrente de incentivo, e que me faz renovar o desejo cotidiano de permanecer escrevendo.
Mesmo às vezes quando amanheço despido de tema, abro os comentários e os releio interagindo fortemente com os leitores numa troca dinamica de informação, e aprendo com mais firmeza o que havia dito. Fato que aparentemente parece fácil, que, no entanto, não é tão fácil, mas ainda assim o é, sobretudo uma certeza que somente acontece quando ocorre essa sinergia direta entre o emitente e o receptor da mensagem. Ocorrendo então a devolutiva que é a satisfação de reciprocidade existente provocada por ambos e que em mim ressurge. A cada comentário recebido, seja ele de que natureza for, tenho acatado sempre como um novo momento de reflexão e de aprendizagem e algumas vezes de mudança do discurso
Mas sempre focado na estratégia de repassar o meu cotidiano nas dificuldades com o Parkinson aos demais parkinsonianos e interessados e, primordialmente, àqueles colegas de doença em período de crise, que absorvam as minhas crônicas como mais uma forma literária de interação aos que acreditam na comunicação como amenizadora das situações adversas dos sujeitos. Como afirma a Professora Sandra Maia (2005. p,12), “acreditamos na palavra como forte potencializador de resiliência do sujeito.”
O escrever com essa incumbência tem provocado em mim resultados excelentes, pois está indo além de minha expectativa, com resultados gratificantes de mais aprendizagem, uma vez que tem me induzido na mesma intensidade à pesquisa, conhecendo novos autores, relendo coisas antigas feitas para os dias de hoje e evidentemente aperfeiçoando meu processo de trabalho e também de mudança. Acatando esse desafio li recentemente, dos psicólogos Richard Nisbert e Timothy Wilson citados no livro de Marco Colegaro, “O novo inconsciente”, um artigo considerado um clássico, no qual relatam os resultados de uma série de experimentos desenhados para investigar a percepção consciente das razoes pelas quais agimos. Ambos argumentam que embora não tenhamos acesso aos processos inconscientes que originam nosso comportamento, temos uma forte tendência a explicar o inexplicável.
Essa leitura caiu como uma luva em minhas pretensões e amenizou as minhas duvidas sobre continuar a escrever minhas crônicas e sobre agir como portador de Parkinson. Precipuamente me colocava na sequencia da leitura, quando lendo me assustei. “É assustador acreditar que ninguém tem mais conhecimento da mente do que um estranho com conhecimento íntimo da historia da pessoa e dos estímulos presentes no momento em que ocorreu o processo cognitivo (Nisbert e Wilson, 1977, p, 241).
Assumi a leitura como um recado bem dado ao meu esforço, nada melhor que sentir-se satisfeito com o produto do meu trabalho e agora concomitante com o fruto do trabalho por mim realizado.
Assim os resultados achados pelas minhas leituras, os obtidos pelas pesquisas em junção aos comentários recebidos apontam para a continuidade com as mesmas responsabilidades, mas agora consciente de que não estamos a perseguir ilusões, mas, sobretudo interagindo e que essa interação não é um acontecimento aleatório, é fruto da interação obtida e da solidariedade de muitos, principalmente deixo aqui a satisfação daqueles que não se identificam, preferem o anonimato como forma de servir. Como afirma Antônio Cândido no artigo "A vida ao rés-do-chão". “Na crônica, Tudo é vida, tudo é motivo de experiência e reflexão, ou simplesmente de divertimento, de esquecimento momentâneo de nós mesmos a troco do sonho ou da piada que nos transporta ao mundo da imaginação. Para voltarmos mais maduros à vida...".
Em crônicas anteriores abordei e expliquei a ideia de escrever minhas crônicas com foco no Parkinson. Hoje me vejo na obrigação de situá-las novamente em face de alguns comentários que tenho recebido de amigos, ou de meros navegantes da internet, como também de desconhecidos leitores que no anonimato deixam suas criticas numa corrente de incentivo, e que me faz renovar o desejo cotidiano de permanecer escrevendo.
Mesmo às vezes quando amanheço despido de tema, abro os comentários e os releio interagindo fortemente com os leitores numa troca dinamica de informação, e aprendo com mais firmeza o que havia dito. Fato que aparentemente parece fácil, que, no entanto, não é tão fácil, mas ainda assim o é, sobretudo uma certeza que somente acontece quando ocorre essa sinergia direta entre o emitente e o receptor da mensagem. Ocorrendo então a devolutiva que é a satisfação de reciprocidade existente provocada por ambos e que em mim ressurge. A cada comentário recebido, seja ele de que natureza for, tenho acatado sempre como um novo momento de reflexão e de aprendizagem e algumas vezes de mudança do discurso
Mas sempre focado na estratégia de repassar o meu cotidiano nas dificuldades com o Parkinson aos demais parkinsonianos e interessados e, primordialmente, àqueles colegas de doença em período de crise, que absorvam as minhas crônicas como mais uma forma literária de interação aos que acreditam na comunicação como amenizadora das situações adversas dos sujeitos. Como afirma a Professora Sandra Maia (2005. p,12), “acreditamos na palavra como forte potencializador de resiliência do sujeito.”
O escrever com essa incumbência tem provocado em mim resultados excelentes, pois está indo além de minha expectativa, com resultados gratificantes de mais aprendizagem, uma vez que tem me induzido na mesma intensidade à pesquisa, conhecendo novos autores, relendo coisas antigas feitas para os dias de hoje e evidentemente aperfeiçoando meu processo de trabalho e também de mudança. Acatando esse desafio li recentemente, dos psicólogos Richard Nisbert e Timothy Wilson citados no livro de Marco Colegaro, “O novo inconsciente”, um artigo considerado um clássico, no qual relatam os resultados de uma série de experimentos desenhados para investigar a percepção consciente das razoes pelas quais agimos. Ambos argumentam que embora não tenhamos acesso aos processos inconscientes que originam nosso comportamento, temos uma forte tendência a explicar o inexplicável.
Essa leitura caiu como uma luva em minhas pretensões e amenizou as minhas duvidas sobre continuar a escrever minhas crônicas e sobre agir como portador de Parkinson. Precipuamente me colocava na sequencia da leitura, quando lendo me assustei. “É assustador acreditar que ninguém tem mais conhecimento da mente do que um estranho com conhecimento íntimo da historia da pessoa e dos estímulos presentes no momento em que ocorreu o processo cognitivo (Nisbert e Wilson, 1977, p, 241).
Assumi a leitura como um recado bem dado ao meu esforço, nada melhor que sentir-se satisfeito com o produto do meu trabalho e agora concomitante com o fruto do trabalho por mim realizado.
Assim os resultados achados pelas minhas leituras, os obtidos pelas pesquisas em junção aos comentários recebidos apontam para a continuidade com as mesmas responsabilidades, mas agora consciente de que não estamos a perseguir ilusões, mas, sobretudo interagindo e que essa interação não é um acontecimento aleatório, é fruto da interação obtida e da solidariedade de muitos, principalmente deixo aqui a satisfação daqueles que não se identificam, preferem o anonimato como forma de servir. Como afirma Antônio Cândido no artigo "A vida ao rés-do-chão". “Na crônica, Tudo é vida, tudo é motivo de experiência e reflexão, ou simplesmente de divertimento, de esquecimento momentâneo de nós mesmos a troco do sonho ou da piada que nos transporta ao mundo da imaginação. Para voltarmos mais maduros à vida...".
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