NO MUNDO DA LUA II
Não me peça para explicar, porque volto a escrever uma crônica com o mesmo tema, porque não sei responder e, se responder, talvez, não atenda a sua exigência. O certo é que me deu vontade de escrever, novamente, sobre o mundo da lua. Não vou falar de São Jorge, montado num cavalo de espada em punho, lutando contra um dragão. Mas, bem que podia, pois escrever a luta contra o Parkinson tem tudo para uma criatividade feita por analogia, onde a lua seria o cenário no qual desenvolveria a relação existente.
Têm-se, cenário, temos espaço, daí a necessidade de atores, cujas características sejam dotadas das seguintes culturas: solidariedade, cooperação, caminhar, vencer, proativo e fé em Deus. Se assim somos, vamos aceitar o convite para participar da CNPP - CAMPANHA NACIONAL DA POPULARIZAÇÃO DO PARKINSON.
Os grandes eventos começam a serem realizados com grandes campanhas de Marketing e são marcadas por um símbolo que representa as aspirações de um povo. Uma comunidade e sua força emanam da capacidade de produzir o sentido das coisas e, também, representam o sujeito social.
Pronto! Encontrei o fundamento que me motivou a escrever uma segunda crônica com o mesmo tema “O MUNDO DA LUA II”. E explico: a vontade de Janete, que todos ou quase todos conhecemos, tem as características de quem vive no mundo da lua. Viver no mundo da lua é viver um sonho. E viver um sonho é realizar uma vontade. É, sobretudo, apropriar-se do seu desejo. E, quando esse desejo de realizar a “CNPP” começa em um símbolo como a Lua, toca-nos profundamente e fala de todos nós, também, pois todos temos nosso momento no mundo da Lua. Isto porque somos criaturas que necessitamos um do outro. Nossa realização tem sempre a presença do outro e quanto mais compreendermos isso, mais convencimento tem da necessidade da “CAMPANHA”.
Todo o momento que passou no mundo da Lua, estive contigo e aprendi que tudo que revela desse projeto, com muito amor, pertence a nossa própria necessidade de solidariedade e nos faz sentirmos mais humanos, mais consistente, explicam muitos sentimentos, vontade, desejos, que ficariam no ostracismo sem a sua atitude. Temos que seguir o exemplo de Janete, que não esteve apenas de passagem no mundo da lua; mas de se apropriar da luz da lua para tirarmos da escuridão, pois em sua iniciativa ela sabe que não existe escuridão. Escuridão é a ausência de luz. Toda grande ideia começa em algo. A sua começou numa viagem ao mundo da Lua. Tenho a certeza de que quando a lua chegar como marketing, a sociedade, trazendo em seu conteúdo sua explicação, ela saltitará e reconhecerá sua experiência. E, nesse caso, temos dois elementos constituídos: experiência e adesão no lugar de conflitos e oposição, consolidados pela luz da lua em verdadeira articulação coletiva com o mundo da lua.
Na verdade, minha amiga, Janete de Melo Franco, ainda não sei se estou escrevendo uma crônica, uma carta como princípio de diálogo, ou mesmo uma carta aberta em sua página no facebook ou até mesmo se, ainda, estou no mundo da lua. Por enquanto, segue como email e como instrumento de pensar, agir e refletir.
Se você, além do Mundo da Lua, leu a crônica “Mar Vermelho” deve ter notado uma verdadeira paixão que tenho pelo filme. Na verdade, não é ao filme, mas aos seus personagens. Ou melhor, aos dois. Em Moisés, por exemplo, aprendemos como liderar grandes massas humanas e no lugar de grande administrador o tempo todo, assumiu, em grande parte, a função da pedagogia para transmitir sua missão, revelando suas ideias, suas experiências, sua vontade de popularizar o seu mundo da lua. Quanto mais incorporar sua ideia, mais ela incorporara suas dimensões. A sociedade gosta de transparência e o exemplo de Moisés evidencia tal realidade pela história que vivenciamos nossos atos de hoje.
Hoje, amanheci eivado de tantos sonhos, e como se não bastasse, ainda estou no mundo da lua. Meu corpo levantou-se da cama, já dei meu primeiro sorriso do dia, mas permaneço no mundo da lua e vim convidar você para fazer companhia e lá do lado da claridade, que emana da terra, conversaremos sobre a terra e sua problematização parkinsoniana. Levo comigo as ideias de Paulo Freire: ”ninguém educa ninguém, mas também ninguém se educa sozinho”. É ele que nos ensina a não parar com a capacidade de viver no mundo da lua, e lá construir seus planos de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar. De promover a campanha Nacional de Popularização do Parkinson.
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